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sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Insónias
Já sei o que de vez em quando me faz insónias. É a porra de um tubarão-frade que a meio da noite se lembra de me dar sermões existenciais e irritantes. Mas o tubarão não é propriamente um frade, é um filósofo realista e pessimista, mas daqueles com ego irritante e difícil de aturar O que vale é que eu gosto de sopa de barbatana de tubarão, logo quem está fodido é ele! Já foste!
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terça-feira, 13 de julho de 2010
Aversões
No outro dia caminhava, sentia uma leve gelatina que parecia derreter-se sobre os meus olhos, era uma sensação de vazio e de simulação contínua mas que parecia dilatar-se naquele preciso momento. Não sei o porquê destas sensações aleatórias e cumulativas, muitas vezes os meus olhos parecem ser televisores que repetem incansavelmente a mesma gravação, a mesma cassete. A programação já não sabia o significado das diferentes estações, os ecrãs estavam mergulhados num estranho e monótono invólucro cor de cinza. Era como o doce e bizarro sabor de uma pêra que acaba de ser embriagada num vinho melancólico. Ainda não descobri o botão de "zapping" frenético e quase alucinogénico que outrora conheci, a êxtase do tudo novo e a anulação dos novos anteriores. Quero mudar de canais, quero mudar de programações, quero que os meus olhos sejam aquários e não televisores. E assim, quero encher estes aquários com riquezas e não círculos repetitivos! Odeio as coisas repetitivas que esta humanidade ama, o carneirismo, a religião, as modas, o elitismo, o consumismo, as atrocidades, os juízos ocos, as competições sem sentido, odeio! Quero sentir os aquários a navegar sobre águas desconhecidas cujas profundidades me conduzem a um metafísico desejável, as melodias de tudo aquilo que não existe. Os meus aquários não são feitos de vidro, são inconstantes, assumem as formas que forem precisas para assim saltarem de metafísico em metafísico. Quero que o meu coração seja harmónica, que dê som infindável, sentir sopros constantes e naturais e esquecer tudo aquilo se esconde por detrás do rochedo.
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domingo, 27 de junho de 2010
"Intro-Espectro" fanzine













Dimensão espectral refere-se o introspectivo espectro, o interior oceânico banhado na polaridade de pulsões freudianas. Ardes vinga-se dos seres decadentes humanos, desalmados tal como ele. A carnificina impulsiva é perda de tempo, sensações de êxtase natural era realmente o que estava em vigor, Ardes será salvo pela "Xerazade" inicialmente duvidosa e androgina que lhe irá revelar a dolorosa verdade acerca da sua necrópole. As dimensões oceânicas resumem-se a puras e simples idealizações, flutuações desejadas e incorrespondidas, o corvo irá dilatar as minhas retinas e fazer o lobo nascer em mim, a pura e simples falta de conformismo.
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segunda-feira, 24 de maio de 2010
A Lição do Corvo
O Corvo sussurrou uma lição ao meu ouvido que eu terei sempre em conta:
“Assim te recebo no meu colo meu caro Leonardo, para te dar
o sermão deveras marcante da tua vida: não existe tanque
magnânimo e ilusório que te iluda uma vida inteira, por
muito que sonhes abraços de baleias ou com crepúsculos
idealizados, os seres mecanicistas
que compõem o rebanho deste pérfido mundo nunca
imaginaram os abraços das baleias, esses só sabem imaginar um
sábio falhado e omnipotente cujas éticas são inquestionáveis e
lhes retiram total autonomia. A palavra “deus” deve ser
pronunciada com letra minúscula, porque a piedade vinda deste
ser enfraquece, motiva a passividade perante a vida.
Tu serás o lobo que não se conforma com o rebanho,
que irá criar dimensões infindáveis sem se reger por qualquer tipo
de cânone.
Este jogo que foi aberto à humanidade está mais do que
viciado e aldrabado. Tu serás e terás que ser a emancipação..."
“Assim te recebo no meu colo meu caro Leonardo, para te dar
o sermão deveras marcante da tua vida: não existe tanque
magnânimo e ilusório que te iluda uma vida inteira, por
muito que sonhes abraços de baleias ou com crepúsculos
idealizados, os seres mecanicistas
que compõem o rebanho deste pérfido mundo nunca
imaginaram os abraços das baleias, esses só sabem imaginar um
sábio falhado e omnipotente cujas éticas são inquestionáveis e
lhes retiram total autonomia. A palavra “deus” deve ser
pronunciada com letra minúscula, porque a piedade vinda deste
ser enfraquece, motiva a passividade perante a vida.
Tu serás o lobo que não se conforma com o rebanho,
que irá criar dimensões infindáveis sem se reger por qualquer tipo
de cânone.
Este jogo que foi aberto à humanidade está mais do que
viciado e aldrabado. Tu serás e terás que ser a emancipação..."
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quinta-feira, 29 de abril de 2010
Ardes e a Necrópole Intestinal

Sobre savanas infindáveis que ardiam sob a fúria do imponente Leão Ardes, os leitos da carnificina estendiam-se sobre as ervas como um sumo extraído do alívio. Alívio este que se sentia no despir de seres que foram anulados pela sua própria corrupção e sujidade mental, seres estes tornados irracionais que durante milénios tiveram a arrogância de assumir o seu lugar numa falsa e indisciplinada civilização. A sua superioridade deu lugar a seres errantes, desorientados e ruidosos que nenhum animal na sua devida animalidade conseguiria suportar.
Desta forma, Ardes e a sua imponente armadura negra decorada com grossas e pontiagudas agulhas assombravam estes minúsculos e insignificantes seres que mais tarde ou mais cedo, acabariam por ser contemplados por sinistras mandíbulas.
Não existiam eufemismos possíveis para caracterizar a ira deste Leão, hipérboles seriam mais apropriadas na descrição detalhada de um animal como este, com o seu pêlo, juba pálida e olheiras que pareciam escavar-se nos seus próprios olhos.
Mas seria este leão passivo a uma silhueta feminina humana e mais que tudo, enganadora? Todo o humano era alvo perante os olhos da fome desequilibrada deste colosso. Sendo assim, Ardes impôs as suas atrocidades perante esta silhueta elegante de mulher, cujos olhos mergulhados numa espécie de orvalho marinho não serviram para motivar a piedade deste grotesco ser.
Saboreando ele os seus habituais e magnânimos bifes de uma suposta vitória mais do que somada, os frágeis lábios da rapariga ainda se moviam em sua elegância, recusando o seu estado de invalidez física perante o ataque.
O leão travou os seus sedentos apetites para ouvir o discurso da rapariga, as palavras iriam pesar...principalmente no interior digestivo deste Leão:
" Este extermínio foi edificar uma extensa necrópole que não conheceu sabores ou essências, conheceu restos, conheceu puras e simples lixeiras..."
Ardes, ao dissolver os seus olhares sobre os orvalhos marítimos dos olhos dela, a sua consciência pesou e este engoliu-se a si próprio. E assim conheceu o seu armazém necrológico, as catacumbas sucessivas dentro do seu intestino. No tecto podia observar as suas próprias vilosidades como uma espécie de ornamento arquitectónico e as paredes eram a acumulação de túmulos ao longo de uma dieta repetitiva. O problema não estava na quantidade de vítimas armazenadas, a grande problemática estava na guerra que ele tinha instalado no seu interior, parecia ser quase infindável. Mas a partir do momento que ele conheceu o rosto desta bela rapariga no seu colo, admitiu uma espécie de animalidade que afinal existia no interior das suas aurículas e ventrículos. Desta forma, Ardes deitou os seus dois dedos grossos sobre a sua língua grossa e carnuda, vomitando em glória os restos da rapariga que secaram sobre a sua pele e lhe reconstituíram a monumentalidade bela da sua silhueta. E lentamente as suas feições de rapariga começavam a desaparecer do seu rosto, um vasto terreno de pêlos crescia elegantemente por todo o seu corpo assumindo-se como uma loba cujos olhos eram pêndulos solares. A animalidade de Ardes esteve no acto de admitir que tal ser merecia ser armazenado em crepúsculos extensos e territoriais. A loba gozou a decadência dos humanos, ou seja, a sua inexistência e a sua passividade foi um prazer de carne e alma, passividade esta que não é de maneira nenhuma condenável. Religiosidade anulada e inútil, o natural atingira o pleno apogeu, agora só bastava contemplar.
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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
The moment I´ve crossed those green rivers
Mind Elvenpath´s journal (December):
The day I smelt beautiful rivers, I felt carnal gardens growing inside my nose. It was a random feeling that was growing on me, no scientist or positivist had the capacity to explain these. I wanted to meet the feathers that rained from the women´s body, and meet these tasteful and dreamful twilights. But to fulfill this will, I needed to suspend the disbelief that was the glue that was stuck on my feet. Fuck, I need to get rid of this thing! As my hands were crawling over my sketch book, I was feeling and reaching a progressive dimension that my eyes couldn´t believe. From the moment I saw these faces, I knew that there was gonna be a permanent mark on my soul. Those were the green rivers, the two deepest rivers that ran inside this heart of mine. But were those rivers real? Do I have the dignity to swim on them or to feel intensely their smell. It´s a shitty question that eats my mind, and it can be weird too. I have to discover which way my river runs, follow and risk ourselves in different types of path. Its 3 am and I´m writting here feeling the moon enlightning my head, has I´m feeling my favorite song, the song of the ravens (sweet like a band of Black Metal waking up my mind).
Mind Sullivan Elvenpath
The day I smelt beautiful rivers, I felt carnal gardens growing inside my nose. It was a random feeling that was growing on me, no scientist or positivist had the capacity to explain these. I wanted to meet the feathers that rained from the women´s body, and meet these tasteful and dreamful twilights. But to fulfill this will, I needed to suspend the disbelief that was the glue that was stuck on my feet. Fuck, I need to get rid of this thing! As my hands were crawling over my sketch book, I was feeling and reaching a progressive dimension that my eyes couldn´t believe. From the moment I saw these faces, I knew that there was gonna be a permanent mark on my soul. Those were the green rivers, the two deepest rivers that ran inside this heart of mine. But were those rivers real? Do I have the dignity to swim on them or to feel intensely their smell. It´s a shitty question that eats my mind, and it can be weird too. I have to discover which way my river runs, follow and risk ourselves in different types of path. Its 3 am and I´m writting here feeling the moon enlightning my head, has I´m feeling my favorite song, the song of the ravens (sweet like a band of Black Metal waking up my mind).
Mind Sullivan Elvenpath
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
As my brain started to smile
The fifth journal writting:
The hands were tired, maybe tired of so much drawing. And eyes were getting dizzy, as I was laying down in the couch. And repetitive thoughts were comin to the mind as I was losing myself into an abyss. Sleepy at the same time, tired of those badasses that are always pissing me off. Bianca was in the same mood, as for the rest of the team. The dictator machine was still chasing us and trying to fuck our lives every minute. So what! We´ve created some masterpieces that somehow pissed off the government, but hurray! That was our true intention, to piss off the crowds! But now, I just want to rest and shit for the rest! Our refuge here is a relaxing place to exist, far away from strict rules or hipocrit and disgusting minds. As I was feeling pot smoke dancing on my nose, I asked to one of the guys:
- Hey! Where is the dope! I need inspiration! - I said.
- Inspiration? Now? For what? Relax dude.
- You fuckin glass of milk (laughs), I need new ways to harass those shitheads out there! - I said
- Oh! you mean artistically?
- Pretty obvious! - I said
As I was chilling out hearing Doom Metal and feeling the dope, Helena Sullivan´s face was reaching my mind, this fuckin Oedipal stage has been cursing me for a life time. But as the illusion was getting sharper, a smile was ripping through my lips as I started to laugh constantly. The laugh was a sign, my will was getting stronger and projects will born and help me to achieve the deepest goals.
The fire burns and will never be benign! That is the bottom line!
Mind Sullivan Elvenpath
The hands were tired, maybe tired of so much drawing. And eyes were getting dizzy, as I was laying down in the couch. And repetitive thoughts were comin to the mind as I was losing myself into an abyss. Sleepy at the same time, tired of those badasses that are always pissing me off. Bianca was in the same mood, as for the rest of the team. The dictator machine was still chasing us and trying to fuck our lives every minute. So what! We´ve created some masterpieces that somehow pissed off the government, but hurray! That was our true intention, to piss off the crowds! But now, I just want to rest and shit for the rest! Our refuge here is a relaxing place to exist, far away from strict rules or hipocrit and disgusting minds. As I was feeling pot smoke dancing on my nose, I asked to one of the guys:
- Hey! Where is the dope! I need inspiration! - I said.
- Inspiration? Now? For what? Relax dude.
- You fuckin glass of milk (laughs), I need new ways to harass those shitheads out there! - I said
- Oh! you mean artistically?
- Pretty obvious! - I said
As I was chilling out hearing Doom Metal and feeling the dope, Helena Sullivan´s face was reaching my mind, this fuckin Oedipal stage has been cursing me for a life time. But as the illusion was getting sharper, a smile was ripping through my lips as I started to laugh constantly. The laugh was a sign, my will was getting stronger and projects will born and help me to achieve the deepest goals.
The fire burns and will never be benign! That is the bottom line!
Mind Sullivan Elvenpath
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Circle of Life - Do not avoid!

É inevitável meus caros, habituem-se à ideia. Não podemos evitar estes percursos labirinticos!
Este trabalho foi para a cadeira de IMD (Introdução aos Meios Digitais), o objectivo da proposta era a reinterpretação da obra de um artista através dos diversos softwares de edição de imagem. A obra aqui reinterpretada é de Dorothea Tanning "O Aniversário" de 1942, onde podemos ver uma mulher de seios descobertos com uma natureza incompreensivel, perdida naquele espaço bizarro onde divisões vazias se sucedem para uma certeza inexprimivel.
Mas neste caso acabei por romper um bocado o vazio presente nessa obra, já que a obra foi reinterpretada à base de ilustração e desenhos que foram editados em Ilustrator e Photoshop. Os corredores estão preenchidos com personagens simbólicas, cada um representando uma ideia especifica e a mulher está isolada num canto, preparando-se psicologicamente para os desafios que terá que enfrentar quando pôr pé naqueles corredores, alegorias de vida inevitáveis. Mas por um lado, a sua expressão é ambigua, já que ela respira receio e insegurança e por outro lado bravura. As velas são as chamas do ego e as mandibulas que se abrem nos seus seios são simbolos de coragem, perseverança e imponência. Nas divisões e na entrada dos próximos niveis, (imaginemos a vida como um jogo de GameBoy onde há diferentes niveis, cada um com um diferente grau de dificuldade e diferentes obstáculos, monstros ranhosos em que às vezes, primeiro que "batam a bota" é fodido) vemos diferentes personagens correspondentes a diferentes obstáculos: o rapaz azul amordaçado e nu refere-se à tentação sexual, as mulheres demoniacas grávidas de um feto morto representam a morte e a orfandade, e os bonecos voodoo que cospem um carangueijo esfaqueado significam a doença e a derrota perante ela. Ainda podemos verificar uma personagem um pouco "random" no meio desta composição, obviamente que é Siren Nightingale que nos dá a sensação de ser um espreitador indiscreto (simplesmente recorri a ele já que me faltavam alguns elementos para preencher a cena e impor maior tensão, neste caso, o seu sorriso pode significar a perversão). Vejamos, temos que ter estômago todos nós para termos que enfrentar estas divisões, devem-nos crescer velas no peito e levantarmo-nos seja qual for a rasteira que nos venham a pregar.
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