Os astro precipitam
Sobre ti, a luz
O simbolismo de Esperança
Corajosos e firmes Calcanhares
Que pisam em constância
Numa neve gélida incompreendida
Mas tu compreendes
Esta neve é morno de tua alma
São caricias sobre mãe natureza
São leitos brancos e fogosos
Que se descacam de tuas peles pálidas
Existirás e serás
O Ouro escondido nas ervas
Que mata as fomes
A Nudez sobre águas prateadas
Caem os sulcos de fruta
Sobre as tuas testas
E cabelos enrolados em teus seios
Mas lamentavelmente é o que digo
Tu não existes
Nem sei se és tal coisa imaginável
Por mais que te imaginem
Perdoa-me ser impossivel
Este mundo vilão onde eu habito
Minhas garras de humano
Nunca revelerão extremismo de Ciclope
Deus é chamado
O vulto que se mascarou de Deus
Que não era mais do que um ordinário
Ignorante sábio que falhou como todos nós
Vive esses terrenos inconcebíveis
Na solidão morna do teu gelo
Sê inconsciente até ao eclipse
Não te atrevas a deleitar-te nestes leitos
Que há pouco me referi
Porque eu, enquanto terráqueo
Finjo e finjo, sou fingidor
Finjo felicidade, faço vontades
Sou um guerreiro desértico
Com um talismã quebrado em cinzas
Arrogante e deprimido
A jaula da minha alma
Que sangra constantemente de suas asas
Mas prometo
Um dia serás minha
Cuspirei nas fachadas do benigno mortal
Esculpirei realidades impossiveis
Sendo algo em que sou mestre
Porque a minha vida
É um constante construir de alegorias
Tiago Araújo
1 comentário:
Sim, aquele ser arrogante, aquele Deus, é insensível, pois nunca dará vida à tua musa imaginada....
Adorei este poema, continua...
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