sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Derradeira Destruição do Crepúsculo

Anunciação do Perdão
A um impecável Vilão
Em crimes cheios de explicação

Sinto brisas frias
Das ruínas do Eclipse
Que tu e eu desmoronamos
Para cessar a nossa estupidez

E perante esta mente
Eu caminho perante gelos desérticos
Que esta maldita sereia me cantou
Maldita sereia que me seduziu
Seduziu através de chorosos e tímidos uivos

Cai do crepúsculo abaixo
Bati a pique com minha cabeça
Acordei para a nudez
E agora vejo peixes putrefactos

Acentuaste o meu demónio
Que quer romper as minhas peles
E ingerir humanos
Descascá-los com seus maxilares

Há que superar, há que superar
O crepúsculo que eu ao longe avisto
E que dói na alma
Enquanto eu me encontro no Inverno
No gelo oco do estável da vida

E agora iremos os dois
Subir uma montanha congelada e oculta
Lutaremos até à morte
Como dois guerreiros de ego raivoso

Vagueamos em ventos da morte
Tentamos eclipsar sentimentos estúpidos
E revelar-te-ei
O quanto venenosa é a tua beleza

Sobre glaciares gelados
A nossa dança de suores é travada
E meu amor morrerá de vez
E tu morrerás em minha mente

Sacrifico-te para honrar o negro
Negro negrume de minha alma
Os veludos da sanidade
Que pairam em sangues cerebrais

Tiago Araújo

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