sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Itzari, o Romanticida
Itzari Neruda, um trovador romântico da Idade Média, era de perseguição religiosa onde os crentes eram assombrados por arrepiantes Igrejas Românicas. Escrevia poesia com o seu ego em chamas, declarando-se visceralmente e apaixonadamente a donzelas florestais. Um homem cheio de alma que tinha muito para dar! Mas a sua feiura repugnava-as, as imensas espinhas, o seu nariz adunco e ombros pequenos eram capazes de tirar todo o encanto e ascetismo aos seus poemas.
Um dia, uma das donzelas decide denunciar Itzari à Igreja, a repugnância era tanta que nenhuma fêmea aguentava. Acusou-o falsamente de descrever práticas hereges e profanas com donzelas nos seus poemas e também de desenvolvimento de versículos macábros.
Itzari é alvo de humilhação pública e condenado inocentemente à fogueira. Os bispos queimam as suas obras em fanatismo religioso, sem sequer terem o cuidado de ler os artefactos.
Em frente à Igreja Românica de Ezurbita, Itzari é queimado vivo e reduzido a cinzas.
Mas aquele não era o fim. Itzari merecera uma segunda oportunidade...concedida por satanás.
Assim, recebe uma missão de satanás e são lhe concedidos poderes de extermínio ilusório e macábro. Ele torna-se num romanticida dos Infernos. Os Romanticidas são demónios do submundo que têm a tarefa de enviuvar esposas, sejam elas fieis ou infieis. Itzari recebe uma lista de esposas para enviuvar e aproveita esta oportunidade para se vingar dos vivos.
Casais aproveitavam noites de nevoeiro discretas na floresta para praticarem o amor em todos os seus aspectos. Mas Itzari tenta ser um assassino discreto e sobrenatural. Como um fantasma no nevoeiro, vagueia aquela floresta à espera do momento oportuno. Mal o casal se prepara para uma núpcia nocturna e selvagem, Itzari vira a natureza contra os amantes. As árvores atacam selvaticamente o marido das visceras erectas com ramos que se aguçam em lâminas, acabando por o degolar em infortúnios.
- O amor é a alegoria do poço! - Dita Itzari repetidamente em vozes frias e assombrosas.
A esposa sentia as suas carnes assombradas e amaldiçoadas por aquele nevoeiro que a cada momento se tornava mais horripilante e insustentável. Caules enfiam-se friamente nos seus calcanhares como agulhas. Lentamente as árvores sugavam o sangue daquela musa indefesa, convertendo-a numa boneca morta de olhos revirados, branca como a cal.
Itzari torna-se o Romanticida mais competente e vil dos Infernos, o orgulho de Lúcifer.
Este estava determinado a levar a sua vingança avante, enviuvar a donzela que o denunciou, Lucida.
Ao invadir o castelo discretamente, assistia o despir lento de Lucida. Ao parapeito da janela apreciava os seios redondos e lisos que davam vontade a qualquer homem são de dançá-los na sua mão. Aguçando a sua longa espada acaveirada, preparando para cortar aqueles seios leitosos, desta vez Itzari decide dar a cara ao oponente.
- Deixa que as minhas mãos putrefactas te acariciem de morte esses seios! - Dita Itzari em vozes demoniacas ao ouvido de Lucida.
Massajava aqueles seios em excitação de cadáver e seus dedos iam lentamente se desfazendo em lesmas hominivoras que consumiam as visceras de Lucida. Morria ela em lentidão, dolorosamente! A vingança é executada com sucesso.
Ao voltar ao seu lar, o submundo, é alvo de um castigo por parte de Satanás. Itzari acabara de aniquilar uma das mensageiras dos Infernos. Bem, uma das missões de Lucida foi denunciar Itzari, de maneira a ele se tornar num talentoso romanticida.
Sendo assim, ele é convertido de Romanticida a defunto! Mergulha no abismo escuro da vida, na origem, na pura e simples visão da morte. Um puro e simples limbo negro!
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