"Antigamente é que era bom", o tema apresentado para a prova de aptidão artística dos alunos do Curso de Comunicação Audiovisual. Eu estava com um défice de ideias quanto ao tema, mas a última aula de Imagem e Som A fez alargar os horizontes a todos os alunos! Eu sabia que aquele tema não se resumia a velhinhas fartas de reumatismo que queriam ser umas jovens cheias de sex-appeal outra vez. Mas foi preciso uma reflexão profunda acerca do tema para ultrapassarmos um pouco a barreira do óbvio. O tempo é das coisas mais descartáveis e irrecuperáveis deste planeta. É tão descartável e precioso que o homem sente a necessidade de mudar o passado para estabilizar o presente. A nossa vida é um palco, onde somos actores (quando interagimos com aquilo que nos rodeia e enfrentamos as pessoas que nos rodeiam), argumentistas e realizadores (quando definimos a nossa ética, postura, mudanças, atitudes e filosofias de vida) e obviamente que somos montadores! A montagem consiste nas pequenas decisões, erros e atitudes fulcrais que montam o nosso passado, presente e futuro. E por mais que tentemos, a nossa montagem nunca será perfeita pois somos todos seres imperfeitos. Como diria Friedrich Nietzche: "somos errantes num nada Infinito". Nós somos errantes ao ponto de deambularmos condicionados ao nosso destino que consiste numa montagem. E quando jogamos o conhecido simulador "The Sims", sentimo-nos como deuses ao manipular o destino das famílias que criamos! Podemos ser piedosos e concretizar todas as suas aspirações ou podemos ser depravados e afogá-los todos numa piscina. Montamos o seu destino, ou seja, montamos uma cronologia de altos e baixos. E a frase surge "Antigamente é que era bom" como uma necessidade de nos corrigir e reparar a nossa montagem cinematográfica para condições favoráveis, corrigindo ao mesmo tempo as imperfeições do nosso carácter. Uma montagem correspondente a uma longa-metragem onde compreendemos o roteiro da nossa viagem vitalícia. Os cortes ocorrem constantemente e acompanham em frequência o nosso dia-à-dia. Somos nós que vivemos a nossa vida e manipulamos e editamos a nossa montagem, ou há aqueles crentes que acreditam que o destino ou "Deus" é responsável por todo o desenvolvimento da montagem. Como diria Harris Watts "editar é mais uma arte do que uma ciência". Pois se nós tivéssemos a miraculosa oportunidade de repetir toda a nossa montagem, nós iriamos fazê-la de forma única e distinguivel como uma arte de mudar o acontecimento. Concluindo, a montagem tem um forte carácter subjectivo!
A modalidade que estou a trabalhar este ano é multimédia. Mas desde que entrei neste curso, revelei um interesse aguçado pelas três áreas e cada vez mais a fotografia me inspira. Vai ser um grande desafio enfrentar e trabalhar este tema na minha tecnologia. Agora que o tema foi severamente dissecado, tenho que expôr e encaixar cuidadosamente as minhas ideias.
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1 comentário:
antigamente era bom, quando não havia tecnologias.
agora há tecnologias como maquinas digitais, computadores, telemóveis... se eu estivesse em fotografia sei bem o que fazia no trabalho *.*
Boa sorte cm essas ideias. =D
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