segunda-feira, 5 de abril de 2010
Ioneri e focinhos da perfeição
Ioneri de Fantisarius, os animais de boa vontade em vida feliz te rodearam
As máscaras e os suores da agonia viviam no eclipse, num metafísico mais do que destruido
As ruinas dessa dimensão eram doce seiva que corria nas veias qualquer ser são/insano
Nos narizes destes seres dançantes em constante festa corriam os poderosos fluídos do natural
Cujo olfacto dos desalmados não conseguia captar de maneira nenhuma
Não havia necessidade de berrar a catarse em qualquer canto desse teu mundo
Ao contrário do dito paraíso mesquinho e falsamente modernista dos mascarados
O seu molde é corrompido por uma enorme cartilagem do mal e os seus intestinos dilatam à flor da pele
Formando as faces mais tenebristas que alguma vez esta dimensão não conheceu
O pensamento de maior consolo era o pensamento de uma humanidade inexistente
Aqueles que constantemente procuravam em construir os seus picos dentro da estratosfera
Ioneri, infelizmente, no meio dessa dança, os teus pés derretiam-se como uma manteiga feliz e drogada
E a ira dos mascarados consumiu-te inocentemente, tu caíste em flagrante na armadilha deles
O teu corpo aprisionado lembra-me um mensageiro sem interpretação possível
Que acabou com espinhos cranianos e pregos a desabrochar da palma das suas mãos
Interpretado pelo rebanho dos imbecis e das bestas, enfim, os mascarados
As tuas correntes, as fissuras, as agulhas de marfim que crescem e crescem sobre a tua cabeça
Mas não há que ter preocupação
Foram os mascarados que construíram a caverna e todas as cavernas acabam por receber luz
E suor!
Suor sim, o suor que irá ser derramado e que irá libertar-te dessas correntes imbecis
Que não conhecem um metafísico decente
Deixarás de ser Infernitus
Voltarás ao estado Fantisarius
Porque o apocalipse não existe no lugar onde sempre te encontraste inserido
Não existe a mentira religiosa para te consolar, mentira que venda os olhos dos mascarados, que os impede de respirar as essências
Eles não sabem que esse ser "Sued" está mais que morto e que o diabo está de olho sobre eles
Aliás, tu tens o teu pico e deves continuar pousado sobre ele, como todos os seres felizes que te rodeiam
E que dançam e cantam, com os pés e garganta amanteigados
Que se lambem como cães, os amantes incondicionais
Mal conheças o suor daquela que te toca, tu sairás da caverna e voltarás ao teu metafísico mais que físico
A isso eu chamo a derradeira libertação para a condição do digno que tu mereces!
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