Com o cruzar quotidiano entre as multidões, pormenores fulcrais que descrevem as verdades cruas desta sociedade que por muito que sejam explicitas, escapam sempre aos nossos olhos. O rapaz que se habitua desde pequeno a ser mimado com doces e que é manipulado pelo doce design de uma embalagem de chocolates, mas que no fundo não tem consciência de que vive condenado. A gula que nos apodera, muitas vezes incontrolável. O empresário que inveja o sucesso de outrem e não consegue conter a sua ira. A luxúria que consome as mentalidades dos burgueses que mais tarde destruirá a sua humildade e consideração, sustentando-se somente do seu egoísmo. A preguiça que destrói os nossos rumos que virá mais tarde afectar os que nos rodeiam. A vaidade que consiste na colocação de um espelho de falsidades que nos consola infinitamente em ilusão. A capacidade pecaminosa que a avareza nos atribui de nos vendar ao mundo e concentrarmo-nos nas nossas intimas vontades. Tudo isto se encontra puramente explícito, que felizmente nos escapa para o bem do nosso sofrimento.
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